Soberania Energética: Hidrogênio como um novo pilar para soberania
- Piva Advogados
- há 8 horas
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Em tempos de guerra, o que está em jogo não é apenas o poder bélico de uma nação, mas sua capacidade de 'manter-se de pé' mesmo quando as cadeias globais desmoronam.
A recente escalada entre Israel, Irã e EUA reaquece esse alerta: o Brasil, altamente dependente de combustíveis e fertilizantes importados, continua vulnerável. E é justamente aí que o hidrogênio desponta não só como combustível do futuro — mas como estratégia de segurança nacional no presente.
Vivemos a contradição de sermos uma potência agrícola e energética que, ainda assim, importa 80% dos fertilizantes que utiliza e bilhões de dólares em diesel anualmente. A dependência de mercados voláteis e altamente expostos à conflitos, como o da Rússia e do Irã, coloca nossa indústria, transporte e agro em alto risco a cada novo conflito internacional. Não se trata mais de escolha, mas de uma necessidade - pela ótica sustentável, do meio ambiente à economia, a fim de garantir que o Brasil não pare.
O hidrogênio oferece uma grande perspectiva e solução. Ao investir em hidrogênio a partir da nossa matriz limpa e renovável, abrimos caminho para independência energética, redução de riscos logísticos e até reconquista da produção nacional de fertilizantes.
Os testes em Guarulhos e Macaé, as térmicas híbridas e os projetos de amônia verde em Uberaba, além de vasta pesquisa que está sendo realizada e impulsionada, são sinais de um novo setor que nasce não como substituto do petróleo, mas como pilar de soberania. Mais do que descarbonizar, garantir estabilidade a longo prazo.
Portanto, é hora de enxergar o hidrogênio não apenas como uma nova solução climática, mas como um ativo estratégico. Integrado ao nosso etanol, biogás, eólico e solar, ele nos permite construir algo que vai além da sustentabilidade: resiliência.
E quem planta soberania hoje, ou seja, a capacidade de se manter independente, seguro e funcional, colhe protagonismo amanhã.
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